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Chineses podem investir mais de R$ 15 bi

Além disso, o banco Haitong anunciará a criação de um fundo voltado para a logística do agronegócio no Brasil, no valor de US$ 1 bilhão

Nove contratos de investimentos de empresas chinesas no Brasil, que superam o equivalente a R$ 15 bilhões, serão assinados hoje, em Xangai, no encerramento de seminário econômico que terá a participação do presidente Michel Temer. Segundo fontes próximas das discussões, os contratos envolvem os setores siderúrgico, elétrico e logística do agronegócio.

Um desses investimentos é um contrato de serviços entre o governo do Maranhão e a empresa chinesa CBSTEEL, no valor de US$ 3 bilhões. O plano é avançar em investimentos no Estado em setores como energia e siderurgia. Além disso, o banco Haitong anunciará a criação de um fundo voltado para a logística do agronegócio no Brasil, no valor de US$ 1 bilhão.

A Embraer, por sua vez, fechou a encomenda de mais quatro aviões, além da confirmação formal do governo chinês da compra de 18 aeronaves, anúncio que deve ser na presença de Temer, que desembarca em Xangai hoje às 10h da manhã, após cerca de 27 horas de viagem e paradas do jato presidencial na Ilha do Sal (Cabo Verde), Praga e Cazaquistão.

Nesta semana, o Valor informou que estava prevista a assinatura de alguns contratos já anunciados, como a compra de 23% das ações da CPFL, o maior distribuidor de energia do Brasil, pela chinesa State Grid . O negócio, quando foi anunciado este ano, foi estimado em R$ 5,85 bilhões.

Também está programada a assinatura de um acordo para investimentos no porto de São Luís, no Maranhão, entre a China Communication and Construction Company International (CCCC) e o grupo WTorre. Os chineses entram com participação no Terminal de Uso Privado de São Luís, projeto da WPR, braço de infraestrutura do grupo WTorre.

O tamanho do interesse dos chineses na infraestrutura brasileira ficou mais claro no ano passado. Em novembro de 2015, por exemplo, a China Three Gorges (CTG) arrematou as usinas Ilha Solteira e Jupiá, as mais cobiçadas em um leilão de 29 hidrelétricas promovido pelo governo federal. Com as duas usinas o governo arrecadou R$ 13 bilhões dentro do total de R$ 17 bilhões em bonificações de outorga de todo o leilão.

Os dados da Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai), órgão ligado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), também mostram o interesse da China na infraestrutura de energia. Segundo os dados do órgão, em 2015 os investimentos totais anunciados pelos chineses somaram US$ 2,08 bilhões, o que significa elevação de 8,3% em relação divulgado no ano anterior.

Dentre os investimentos anunciados no segundo semestre do ano passado e levantados pela Renai, o de maior destaque fica por conta dos US$ 854,7 milhões relacionados a um projeto em conjunto da gaúcha Ouro Negro Energia com a Power China Sepco, relativo a uma usina termelétrica em Pedras Altas, no Rio Grande do Sul, projeto que deve ser concluído em 2020.

 

Fonte: Valor Econômico